A onça-parda, também conhecida como suçuarana, é
um felino de grande porte com coloração variando do marrom-acinzentado mais
claro ao marrom-avermelhado mais escuro, com a ponta da cauda preta, podendo
também apresentar uma linha escura na extremidade dorsal.
Na
subespécie P. c. greeni, a coloração clara é mais característica. A espécie ocorre
em grande diversidade de biomas, de áridos desertos a florestas tropicais, do
nível do mar até 5.800 m de altitude. O comprimento total para a espécie
varia entre 140 e 230 cm, sendo que a cauda representa cerca de 35% deste
total. O peso para animais adultos varia entre 34 a 48 kg para fêmeas e de 53 a
72 kg para machos. O tamanho corporal pode variar de uma região para
outra, de acordo com a disponibilidade de presas e a simpatria com outros carnívoros. Possuem
corpo alongado, a cabeça pequena, pescoço e cauda longa, membros inferiores e
posteriores muito fortes, orelhas pequenas, curtas e arredondadas, possui muita
agilidade podendo pular cerca de 5,5 m. Tem hábito crepuscular-noturno e é
um dos carnívoros mais generalistas, apresentando uma dieta variada, predando
desde pequenos mamíferos, répteis e aves, até presas maiores, como capivara,
tamanduá, porcos-do-mato e veado, além de animais domésticos, como eqüinos,
ovinos, bovinos e suínos. Alimentam-se em natureza de vários animais, como
roedores, ungulados como veados, aves e lagartos. Estima-se que a freqüência
com que matam para comer varia de um veado a cada 3 dias para as fêmeas com
filhotes e de um veado a cada 16 dias para indivíduos adultos solitários. Na
América do Sul, os nascimentos acontecem entre fevereiro e junho.
DISCOESPONDILOSE
DEFORMANTE EM ONÇA PARDA (Puma Concolor
Linnaeus, 1771) - RELATO DE CASO
Esse artigo foi feito por um grupo de
estudiosos e especialistas em Uberlândia, onde avaliou uma onça-parda no
Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia, que apresentava
prostração e paralisia dos membros pélvicos. Foram feitos vários exames como de
urinálise e hemoparasitas, que diagnosticaram a presença de discoespondilose. Tanto animais domésticos como silvestres podem
desenvolver doenças como dermatites piogênicas, endocardite valvular, doenças
dentarias que, se não tratadas podem progredir para discoespondilose (SEIM et
al, 2002). É uma infecção do disco intervertebral, onde os microrganismos mais
comuns são: Staphylococcus aureus e Staphylococcus intermedius.
Staphylococcus aureus
Staphylococcus
intermedius
Essas bactérias causam uma deformação na coluna que
atinge a medula comprometendo o sistema nervoso central levando a paralisias de
vários graus, diminuição do tônus da cauda, do esfíncter anal e descontinência
urinária.
São bactérias esféricas do grupo cocos gram-positivo, são patogênicas que podem causar uma infecção simples como espinhas, celulites e furúnculos ou uma grave infecção, como pneumonia, meningite e outras. Liberam toxinas cuja atividade destrói as células do corpo.
São bactérias esféricas do grupo cocos gram-positivo, são patogênicas que podem causar uma infecção simples como espinhas, celulites e furúnculos ou uma grave infecção, como pneumonia, meningite e outras. Liberam toxinas cuja atividade destrói as células do corpo.
O caso ocorreu com uma onça parda macho, com 14 anos de
idade, pesando 65 kg, proveniente do Zoológico Municipal do Parque do
Jacarandá, da cidade de Uberaba. O animal apresentava andar cambaleante a um
mês e 10 dias. Foi submetido a exames, dentre eles o raio x da coluna vertebral
onde notou-se o desalinhamento, sendo então, encaminhado à cirurgia para a
realização de uma hemilaminectonia em L2 e L3.
Imagens da coluna vertebral de onça parda após a cirurgia. Pinos
de Steinmann numero 2 presos nos processos espinhosos das vértebras lombares.
Referências
Bibliográficas
CHAGAS, R. G; SANTOS, A. L.Q; FERREIRA, C. G; SILVA, J.M;
FARIA, M. A. R; PEREIRA, P. C; VIEIRA,
L. G; SOUZA, A. G; SILVA, J. M.M; KAMINISHT, A. P. S; HIRANO, L. Q. L. Discoespondilose deformante em onça-parda (Puma concolor, Linnaeus, 1771) Relato de
um caso. Biosci.
j., Uberlândia, v. 21. n. 2. p. 123-129. Mai/Ago 2015.






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